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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A Cidade Jardim

Era uma vez uma Cidade que foi transformada em jardim por pessoas enfeitiçadas por um grande feiticeiro, que tem vários e vários amigos gênios do mal que influenciam sem violência os plebeus famintos de cultura e educação. Esta Cidade, agora um jardim, é cuidada por um lobo em pele de Borboleta, e acaba de ganhar uma nova zeladora, Dona Rosa, que, dizem as más línguas, não gosta de jardins, e, apesar de ser uma flor de pessoa, destinará todas as atenções ao canteiro sem borboletas ou mar, tudo isso por ser má.
A Dona Rosa depende de três peões para tomar conta do jardim... ela sabe como é importante, pois já foi peã um dia. Mas assim como a Borboleta e a Dona Rosa, os três peões não ligam muito para a Cidade Jardim, pensam apenas em seus próprios negócios, mas como dá lucros, altíssimos, ser peão, eles não largam o osso. Parece que um dos peões vai sair... virou jagunço, e outro, da mesma laia, vai tomar conta em seu lugar. Esse negócio de tomar conta do jardim, e da casa toda, até o quintal, rende muito dinheiro fácil, por isso o poder fica sempre nas mesmas mãos, nas mesmas famílias que mudam de nome, mas não de ideologia.
E, a cada dia que passa, as pessoas enfeitiçadas fazem com que o feiticeiro, mais conhecido com Galega do Alecrim – e não me perguntem o porquê – se torne mais poderoso. Este feiticeiro quer tomar conta não só da Cidade Jardim e do Curral do Norte, mas de todo a Terra Baixa... Cuidado com esse feiticeiro... Ele quer tomar conta de suas vidas, leitor. 

Um comentário:

  1. Tempos depois da borboleta sair do casulo e da rosa florescer, o jardim murcha.

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